As principais taxas dos contratos de juros futuros fecharam em rumos opostos, com leve tendência de alta, nesta quarta-feira (31) na expectativa pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) que será anunciada nesta data, após o fechamento do pregão.
Enquanto a maior parte dos analistas aguardam a manutenção da Selic em 12,50%, alguns especulam a possibilidade de corte da taxa. O mercado de juros futuros segue oscilando, com investidores indefinidos. De acordo com os consultores da LCA, vários fatores amparam a percepção de que a Selic pode ser reduzida.
Os economistas elencam a deterioração do quadro global, a revisão para baixo das expectativas de crescimento mundial e local, além do aperto das condições fiscais do Brasil, por meio da elevação da meta de superávit primário, como fatores que podem contribuir para a redução da Selic antes do final do ano. Por enquanto, seguem a expectativa de manutenção da taxa de juros.
Na agenda do dia, a produção da indústria nacional avançou 0,5% em julho frente a junho na série com ajuste sazonal, segundo dados da Pesquisa Industrial Produção Física - Regional, apresentada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O economista chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, ressalta que apesar da leve alta no mês, a produção industrial brasileira segue desacelerando. A taxa de crescimento acumulada em 12 meses da indústria geral se encontra em 2,91%, o menor valor desde abril de 2010, quando a taxa registrada tinha sido de 2,30%.
Contrato de outubro de 2011 fechou com taxa de 12,29%
O contrato de juros de maior liquidez nesta quarta-feira, com vencimento em outubro de 2011, registrou uma taxa de 12,29%, 0,04 ponto percentual abaixo do fechamento de terça-feira.
A seguir confira o fechamento das taxas dos principais contratos de juros futuros na BM&F:
